Gerência Administrativa até janeiro de 2021

Agnaldo Silva

Atuou como supervisor administrativo no HEB de 2003 até 2021.
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Confira o depoimento

Relato sobre o começo da pandemia | julho de 2020:
"O início dessa pandemia foi algo que não havia sido planejado, foi inesperado, então isso gera um pouco de ansiedade, de medo, sobre aquilo que a gente desconhece. Com o passar do tempo a gente foi se planejando e se programando para que a gente pudesse atender de uma maneira mais ágil e rápida as necessidades, até porque as informações se alteravam rapidamente. A gente via no início da pandemia, como era algo que ninguém tinha ainda muito conhecimento de como ela ia acontecer no nosso país, então as coisas mudavam rapidamente e a gente precisava acompanhar essas mudanças de maneira que a gente ficasse preparado para todas as circunstâncias que viessem a acontecer decorrente dessa pandemia. Então, na parte administrativa a gente teve que fazer muitas reuniões, a gente teve que estar muito mais próximo, isso ajudou bastante a gente na hora de tomar decisões. A gente teve reuniões mais próximas umas das outras, por isso que as informações alteravam rapidamente.


Eu vejo que a gente não teve muito tempo de pensar nessas coisas, como na ansiedade, na insegurança. Fomos fazendo na medida em que as coisas iam acontecendo e a gente continuou trabalhando para que pudéssemos atingir nossos objetivos. A única coisa que nós pensávamos era realmente em atender da melhor maneira o paciente, lá na frente. Então, profissionalmente eu vejo que houve um crescimento muito grande, houve erros, houve acertos, e nos erros a gente procurou corrigir rapidamente afim de que este não afetasse a qualidade do trabalho, mas houve acertos também e eu entendo que houve muito mais acertos do que erros nesse processo. Ele é contínuo, as informações elas mudam constantemente ainda, mas é gostoso e prazeroso poder ver você fazendo parte dessa equipe e poder abraçar e ajudar de alguma forma pra que as coisas aconteçam de maneira que o paciente lá na frente não sinta nenhum ajuste que precisou ser feito, não sinta nenhuma turbulência. 


Mudou porque com a pandemia a gente se aproximou mais da família. Eu posso dizer que hoje eu sou um pai melhor , eu sou um marido mais próximo, com a pandemia as nossas famílias se fortaleceram né, são as únicas pessoas que a gente podia estar próximo nesse momento. E mudou a minha visão de mundo. Na realidade né que a gente tem que se preparar melhor, tem que estar melhor preparado para as ocasiões. Na minha vida realmente eu nunca esperava que fosse passar por uma situação dessas, e me fez repensar muitas coisas. Profissionalmente, com a minha família, com a minha saúde, algumas coisas que eu precisava fazer pra que realmente eu pudesse me preparar melhor.


Tem vários. A gente fica precisando dessas coisas simples né que no dia-a-dia talvez a gente nem desse importância, mas que hoje faz tanta falta pra gente. Eu diria que o abraço principal seria na minha mãe já que com as minhas duas filhas e minha esposa eu estou mais em contato. Mas seria na minha mãe, se eu sou o que sou hoje é por causa dela. A minha mãe é mãe e pai, tudo que eu sou hoje e que pensei em ser é por causa dela. Ela é uma guerreira, sempre foi, cuidou de 5 filhos, eu sou o segundo, mas ela sabe o quanto que ela representa na minha vida, e quanto que eu sou grato por tudo que ela fez até hoje.


Ah, vai ser especial. Já que no dia das mães a gente não pode estar junto também. Esse vai ser bem especial e vai ser bem demorado.


Aprendizado, conhecimento. Acima de tudo muita gratidão a Deus porque apesar de a gente estar vivendo uma pandemia, ele ainda preserva a gente para que possamos ser uteis e para que a gente possa ser uma ferramenta mesmo, para poder ajudar. Eu me sinto grato pela profissão que eu tenho, eu me sinto grato pela família que eu tenho, eu me sinto grato por Deus realmente porque ele é tudo na minha vida, e eu acho que a maior lição mesmo é a gratidão por ele preservar nós, para que nós pudéssemos ajudar o maior número de pessoas. Pode ter certeza que todas essas pessoas que saem daqui, os pacientes que saem daqui, pra gente é uma vitória. Saem curadas, saem prontos para sua vida, então pra gente é uma vitória. Então, gratidão é o maior legado que eu levo. E também de poder ser um grãozinho de mostarda ou de areia realmente nesse processo.