Apoio ao combatente

Todo soldado precisa de respaldo e suporte nos bastidores da guerra. Gente para garantir a estrutura necessária e zelar para que as perdas sejam nulas ou mínimas.

No HEB, os combatentes contam desde o princípio com o suporte de grupos formados por profissionais de Recursos Humanos, Educação Permanente, Psicologia, Saúde do Trabalhador, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, Compras, Suprimentos, Manutenção e demais serviços de apoio. Esses profissionais arregaçaram as mangas e demonstraram comprometimento, paixão e senso de urgência perante as necessidades de quem estava na linha de frente do tratamento de Covid-19. 

Com essa premissa, uma série de medidas foram adotadas para proteger a saúde dos trabalhadores no enfrentamento da pandemia, com foco em prevenção e reforço de capacitações sobre protocolos de segurança, sobretudo ligados a novas portarias publicadas durante a pandemia. 

 
Enquanto empresas e pessoas buscavam formas de proteção frente ao cenário ameaçador da pandemia, profissionais da linha de frente precisaram pensar de forma diferente. Aquilo que aprenderam na formação de suas carreiras em saúde, juntamente com sentimentos de motivação, a paixão e o comprometimento em salvar vidas, nunca foram tão exigidos. Primeiro vinha a responsabilidade em dar todo o suporte aos acometidos pela Covid, mas não podiam de forma alguma abdicar dos cuidados e da autoproteção  frente aos perigos dessa doença desconhecida. Foi com esta preocupação que o setor de Recursos Humanos implantou uma série de medidas para proteger a saúde dos trabalhadores no enfrentamento da pandemia, com foco em prevenção e aplicação de treinamento aos seus empregados, acolhimento e tratamento dos pacientes, fazendo tudo em conformidade com ações anunciadas pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde.

Uma das ações mais importantes foi a criação do Ambulatório de Covid-19 exclusivo para os funcionários, incluindo serviço de medicina do trabalho para tratamento dos sintomas característicos da Covid-19 e acolhimento psicológico, além de testagem. Médicos do trabalho das unidades foram direcionados também para acompanhamento prioritário aos trabalhadores do grupo de risco.

A partir da suspeita, o profissional permanece afastado das atividades até que saia o resultado e durante todo o período de transmissibilidade, nos casos positivos, recebendo acompanhamento médico por teleatendimento, incluindo a prescrição de medicamentos. Quando o resultado é negativo, o profissional pode retornar ao trabalho desde que não apresente sintomas.

Uma verdadeira força-tarefa envolvendo diversos setores se formou no início da pandemia para garantir os estoques dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos trabalhadores. Mesmo com a escassez desses itens no mercado, imprescindíveis para a atuação, a mobilização teve sucesso e os estoques foram suficientes.

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), juntamente com o setor de Recursos Humanos (RH), estabeleceu um cronograma para capacitar os profissionais para a guerra contra a Covid-19. Os treinamentos e atualizações envolveram todos os setores do hospital. Os funcionários receberam orientações constantes sobre utilização adequada de EPIs, procedimento adequado de paramentação e desparamentação, medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos com água e sabão, e correta utilização do álcool em gel. Em uma estratégia de gestão participativa, o comitê responsável pelo plano de contingência realizou reuniões periódicas com os funcionários da assistência, para apresentação de detalhes e protocolos, além de orientar e dirimir dúvidas.

A estrutura já disponível no HEB permitiu a ampliação de dispensers com álcool em gel ou pia para lavagem das mãos disponíveis durante a pandemia. Trabalhadores das alas de tratamento da Covid-19 contaram com refeições servidas no próprio setor, além das instalações de sala de conforto/descanso, copa e banheiros com chuveiros para banho no início e no fim dos plantões, reduzindo a necessidade de circulação pelo hospital e  manuseio de EPIs, situações que favorecem a exposição ao vírus. Nas recepções, onde há atendimento ao público, foram implantadas barreiras físicas em acrílico, que evitam a contaminação por gotículas.

Nas situações possíveis, alguns trabalhadores do grupo de risco, de setores administrativos, puderam desenvolver suas atividades em home-office. Outros com o mesmo perfil foram realocados momentaneamente para evitar contato com o público. Ainda na área administrativa, no período mais crítico, escalas de trabalho 12x36 foram adotadas, assim como a flexibilização de horários, reduzindo consideravelmente o número de pessoas em um mesmo ambiente, com distanciamento superior a 1,5 metro entre os postos de trabalho, conforme orientação das autoridades sanitárias.