Grupo de Enfrentamento

Na rotina de um Hospital nada, absolutamente nada, é planejado ou executado individualmente. Todo o trabalho de gestão e de assistência depende da ação conjunta de equipes, que trabalham como um verdadeiro time capaz de pensar e agir em sintonia em prol de um bem maior.

No cenário de uma pandemia, repleto de incertezas, medos e pressões, a ação de um grupo coeso é ainda mais urgente. E foi neste contexto que, em março de 2020, ao surgimento do primeiro caso confirmado de Covid-19 em São Paulo, a diretoria do Hospital Estadual de Bauru (HEB) se mobilizou para criar o Comitê de Enfrentamento do Novo Coronavírus. Desde então, um time formado por gestores e profissionais de áreas-chaves da instituição passou a se envolver diretamente nas estratégias e ações da guerra de saúde pública que se anunciava.

Na prática, dia após dia, o Comitê analisa cenários e estuda a doença para definir e redefinir etapas do Plano de Contingência criado, reorganizando fluxos internos e se adaptando às atuais normas e diretrizes para garantir a segurança de pacientes e trabalhadores e a oferta de assistência hospitalar para pacientes com Covid-19 e também nas tradicionais áreas de referência deste Hospital, que já existe há mais de 18 anos e atende uma população de 38 municípios do Departamento Regional de Saúde de Bauru, podendo estender essa assistência para até 68 cidades, dependendo da área de atuação.

Formação do Grupo de Enfrentamento Covid-19:

Médico pediatra neonatologista, professor da Unesp, atua na área de Administração e Gestão Hospitalar desde o início dos anos 90.
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"Imediatamente após o anúncio nós criamos um Comitê aqui, internamente. Um Comitê de Crise Famesp. Não era só dentro do Hospital Estadual porque ia envolver todas as outras unidades. Para transformar parte desse Hospital em enfermarias e UTI Covid ia ter que transferir algumas atividades deste para outro hospital, como, por exemplo, o Hospital de Base de Bauru. Então, fizemos um grupo que se reunia diariamente. E diariamente a gente revia tudo aquilo que vinha acontecendo e tomava novos rumos, caso fosse necessário.
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Eu participava dessas reuniões, mas quem ficava na frente mesmo de batalha, 24 horas, não era eu, era essa equipe que a gente tem aqui em Bauru nas unidades Famesp".  Leia a íntegra do depoimento.

Médica pneumologista, atua no HEB desde 2003 e é diretora executiva desde 2015.
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"É difícil hoje para alguém que nunca conheceu o serviço entender tudo o que foi feito de mudança no Hospital Estadual. São mudanças drásticas, não são mudanças pequenas ou adequações pontuais. Mas pensando na gestão de uma forma geral, por termos uma gestão participativa na instituição, acabamos ouvindo muito o que os funcionários também achavam. E tivemos sugestões maravilhosas, com as pessoas dizendo 'não sei se é bom ou se não é, mas e se fizesse dessa forma?'. Este 'E se?' fez grande diferença".  Leia a íntegra do depoimento

Assessora ambulatorial e Hospitalar da Famesp, desde 2013
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"Eu me lembro bem quando tudo isso começou em final de 2019, quando eu acompanhava as notícias do que acontecia em Wuhan (na China, considerado o 1º epicentro da Covid-19)... A questão da identificação desse novo vírus, da situação das internações, das mortalidades. E eu vinha acompanhando isso num processo, dia a dia...  Mas eu jamais imaginaria que isso conseguisse atravessar o continente, atravessar os oceanos, e chegar até nós". Leia a íntegra do depoimento

 
Médico cardiologista e intensivista, é diretor técnico do HEB, onde atua desde 2008.
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“No início foi muito difícil. Nós, médicos, temos o ímpeto de atender o paciente numa urgência, independentemente de estarmos paramentados, às vezes até se expondo a riscos. Na verdade, não fomos treinados a pensar na gente, na nossa segurança. E agora temos de ficar o tempo todo condicionados a isso. Essa foi uma das lições dessa pandemia. Médicos não estão imunes. E precisam aprender a cuidar do outro e de si mesmos".  Leia a íntegra do depoimento


Médico infectologista e intensivista, é Coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HEB.
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"Mergulhado na rotina da linha de frente Covid-19 em UTIs desde o começo, posso dizer que em 2021 vivemos o pior momento da pandemia. Os pacientes estão chegando mais graves, estão chegando em grande quantidade, os leitos de UTI estão cheios e os profissionais muito cansados. Realmente, estamos chegando no limite." Leia a íntegra do depoimento


Médico cardiologista, diarista na UTI Coronariana, que nesse momento de pandemia foi transformada numa unidade Covid, uma unidade respiratória. Atua no HEB desde 2003.
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"A gente começou com muito medo, a equipe toda, porque é uma doença nova, que as pessoas no mundo todo não sabiam muito como lidar e o risco de infecção... Mas ao mesmo tempo a necessidade de querer ajudar e de fazer o melhor. E dentro daquilo a gente iniciou com isolamento específico de uma unidade no segundo andar onde a gente trabalhava, que era a Unidade de Cardiologia. E pela característica dessa unidade, presença de boxes e facilidade de isolamento, ela foi isolada.
E a rotina do dia a dia mudou completamente." Leia a íntegra do depoimento

Médico  atuante na área de cirurgia cardíaca e em unidades de terapia intensiva no HEB desde 2003.


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"...O médico é um ser humano como qualquer outra pessoa, que também tem os seus medos, tem suas dúvidas, incertezas, inseguranças. O médico também é pai, esposo, noivo, marido, amigo, filho, enfim, um ser humano que precisa de muita compreensão, de muito carinho, e sem dúvida alguma de muita solidariedade..." Leia a íntegra do depoimento

 
Enfermeira com MBA em Administração Hospitalar, atua no HEB desde 2005. 
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  • "Foi muito desafiador. E pensar que um ano antes da pandemia, estávamos com o hospital muito bem estruturado, consolidado com suas estratégias, processos bem definidos e saúde financeira equilibrada. Mas chegar na pandemia em 2020 foi um desafio porque nós tivemos que nos reinventar, desenhar 2 hospitais em um único local, Covid e não-covid. Naquele momento, como gerente de enfermagem, me lembro de todos muito ansiosos e da insegurança que passava pelos olhos das pessoas, mas me lembro também das pessoas com muita vontade de ajudar, mesmo com todos os medos e incertezas, me lembro dos profissionais da saúde querendo contribuir". Assista ao vídeo.

 
Enfermeira com MBA em administração hospitalar, atua no HEB desde 2003. Em 2023, tornou-se diretora da Assistência Multiprofissional.
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"Administrar o imponderável se tornou rotina durante a pandemia. Mesmo com
todo o planejamento e organização, as constantes mudanças e variações nas demandas exigem muita flexibilidade da gestão e dos profissionais, seja na estrutura ou na composição das equipes, sempre com a máxima preocupação em manter a qualidade na assistência em todas as patologias que o hospital atende, em níveis clínicos e ambulatoriais, incluindo a Covid-19.” Ouça o depoimento


Atua como Gerente de Tecnologia da Informação do HEB desde 2010

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"Com a pandemia vieram vários pedidos atípicos, bem diferentes. O que fizemos mais próximo do nosso dia-a-dia foi mexer na estrutura. /.../ E do ponto de vista do desenvolvimento de sistemas, a gente desenvolveu ferramentas que a gente não via necessidade em outro momento, como, por exemplo, a informatização do Boletim Médico." Leia o relato na íntegra.

Administrador, atua na Gerência de Compras da Famesp.
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"A gente atendeu uma demanda que não era comum dentro do hospital. /.../ tivemos grandes crises no hospital com relação a abastecimento, mas igual a essa a gente não imaginava que podia acontecer. Imagina que mundialmente as empresas e pessoas correram atrás dos EPIs." Leia na íntegra.

Engenheiro, atua no HEB desde maio de 2004 e esteve à frente dessa Gerência até junho de 2021.
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"Tivemos que agir rapidamente perante essa pandemia. Todos da área da saúde fomos agredidos /.../. O início foi bastante difícil.  Mas soubemos lidar com tudo isso." Leia na íntegra.

Graduada em Administração e Gestão de Recursos Humanos; com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas e pós-graduação em Administração Hospitalar e Auditoria, atuando na Famesp desde 2004. Em 2023, tornou-se  Diretora de RH.
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"A mudança é muito rápida. De manhã é um momento, à tarde já é um outro momento. Só que em época de crise a gente acaba crescendo também. Então apesar de toda essas mudanças,  de todo esse medo, de incertezas, a gente também está crescendo neste momento de crise." Leia na íntegra.

 
Enfermeira, atua no HEB desde 2003.
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Essa Gerência teve de olhar para todas as questões ligadas à segurança de pacientes e funcionários em áreas como recepções, portarias, transporte, jardinagem e outros serviços. "Nas recepções e portarias fizemos um distanciamento de 1,5 metro de imediato com fita zebrada e posteriormente foram colocadas divisórias de vidro, para maior proteção. Nós também distribuímos para eles os EPIs. Para a recepção e porteiros distribuímos máscaras cirúrgicas e máscara face shield. Para os motoristas foram substituídos todos os revestimentos dos bancos das ambulâncias de tecido por couro para melhorar a desinfecção. E demos um kit especial de EPIs para o transporte dos pacientes"Leia na íntegra

 
Gerente da Célula de Contratos na Famesp desde 2017, atua na empresa desde 2003.
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A Gerência de Contratos atua na coordenação da célula de gestão de contratos da Famesp e sua principal atividade é o acompanhamento e
apoio para todas as unidades do Hospital e das demais unidades administradas pela Famesp na gestão e fiscalização dos contratos.

"Com a pandemia, diversas empresas e fornecedores quiseram restringir suas atividades... Então, nós tivemos que atuar junto a eles pra mostrar que eles também eram atividade essencial." Leia na íntegra.

 
Farmacêutica, atua no HEB desde 2003.
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"Foi uma coisa nova para todo mundo, não sabíamos o que estava acontecendo, o que viria, o que estava acontecendo, mas tínhamos uma equipe muito agregadora, que soube levar com muita humanização, paciência e vontade de enfrentar, com muitos medos, é verdade, mas estamos vivendo um desafio a cada dia". 

 
Tecnólogo em saúde, atua no HEB desde 2009 e supervisionou essa área até junho de 2021.
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"Nosso medo era que barrassem a fronteira e as peças não chegassem para as manutenções dos equipamentos. Então, antecipamos a compra de peças para não ter risco de equipamentos estratégicos ficarem danificados e quebrados e perdermos essa parte de monitorização dos pacientes..."

Leia na íntegra.